domingo, 26 de julho de 2009

O despertar de uma paixão



Ela já estava cansada da monotonia que se transformara a sua vida.
Resolveu que, daquele momento em diante, ela daria uma reviravolta e que nada a iria impedir de ser verdadeiramente feliz.
Quando terminara seus estudos tinha traçado um plano para sua vida, mas a realidade desviou e muito daquilo que ela tinha planejado.
O seu desejo era fazer especialização fora do país e, quando retornasse, montar o seu próprio escritório de Advocacia e ser uma Advogada de renome no meio social, mais infelizmente nada disso acontecera.
Logo que saiu da Faculdade, descobriu que estava gravida de dois meses do seu primeiro filho.
E sustentar um filho sozinha com apenas 25 anos seria uma verdadeira barra, a reação dos seus pais quando souberam da gravidez, não foi a melhor possível.
Ela se viu daquele momento em diante, obrigada a casar com o pai de seu filho, um rapaz com quem ela tinha um relacionamento instável, e por quem ela não estava apaixonada.
A cerimônia do casamento foi só no civil, e depois de casados foram morar na casa dos pais dela. Enquanto não conseguiam uma casa, ela tentou de todas as formas conseguir um emprego nos escritório de advocacia da cidade, mais quando sabiam que ela estava gravida eles logo a dispensavam.
A gravidez foi difícil pois ela enjoava muito, mais com o passar dos meses ela já estava até gostando da ideia de ser mãe.
O casamento corria normalmente, eles eram mais bons amigos do que verdadeiramente marido e mulher, ele trabalhava, numa pequena fábrica de sapatos e o pouco que ganhava, ajudava nas despesas da casa e comprava o enjoval do bebê. Quase nada sobrava.
Tinham uma boa relação, se davam muito bem na cama, ele era muito carinhoso e sempre se preocupava com o prazer dela.
Passados os noves meses, nasceu um menino bonito e saudável, mais com isso as despesas aumentaram, ele teve que arranjar outro emprego à noite, pois o que ele ganhava não estava dando.
A criança ocupava muito do tempo dela sendo assim ficava impossível procurar um emprego; a partir deste momento tudo começou a se complicar, ele chegava tarde em casa e , para piorar a situação, passou a beber. Inúmeras eram as vezes que ele chegava embriagado em casa e, diante dessa situação, o pai dela avisou que não poderiam mais morar com eles, pois a mãe dela era uma pessoa doente e não poderia ter preocupações.
Tudo o que eles conseguiram arranjar foi uma quitinete de apenas um quarto.
A vida que ela tanto sonhara de realizações e alegrias estava se transformando num verdadeiro inferno, a sua única alegria era ver o seu filho crescendo e ver a cada dia que ele descobria coisas novas.
Mas seu casamento já não mais existia, ele saia pela manhã para trabalhar e só voltava muito tarde da noite, na maioria das vezes embriagado e, para piorar, quase todo o dinheiro que ele estava ganhando gastava com jogos, deixando assim a família em uma situação ainda mais difícil, pois todas as despesas da casa eram pagas com esse dinheiro.
Cinco anos se passaram nessa vida, até que, quando o seu filho começou a estudar e passava boa parte do dia na escola, ela resolveu que já era tempo de retomar a sua vida.
Ela resolveu então que iria colocar o seu escritório de advocacia na sua própria casa, já que pela manhã seu filho estava na escola e no período da tarde ele poderia ficar na creche, ela teria tempo suficiente para trabalhar.E assim o fez.
Logo ela estava pegando pequenas causas e, como dava preferência a causas trabalhistas e familiares, quase sempre conseguia um acordo entre as partes sem precisar passar pelo desgastante julgamento no tribunal.
A sua vida as poucos estava se transformando numa pequena parte do que ela havia sonhado, mais ainda faltava muito para tudo ficar da forma que ela tanto desejara.
Com o passar dos meses tomou a decisão mais difícil, separou-se do marido e a partir dali só era ela e seu filho; passou então a dedicar todo o seu tempo ao trabalho e ao filho e esquecia dela própria, das suas necessidades de mulher.
A cada dia mais pessoas procurava pelos serviços dela, o que a deixava muito feliz, sua vida financeira aos poucos foi se controlando e ,quando conseguiu deixá-la estável, alugou uma sala em um prédio empresarial e montou o seu escritório lá, onde era mais movimentado e ela teria mais clientes.
Ao lado do seu escritório havia vários outros, além de consultórios médicos, odontológicos e escritórios de contabilidade.
Já era tarde, ela ainda teria que passar na escola do seu filho para buscá-lo e precisava se apressar, pois ele detestava ser o ultimo a sair e ficar sozinho com as monitoras.
Ao chegar na escola do seu filho, ele já a esperava no portão da frente com uma da monitoras. Ao seu lado, tinha uma garotinha que chorava muito pois, segundo ela, seu pai tinha esquecido de ir buscá-la. Comovida com o choro da criança, ela ajoelha-se perto dela e começa a conversa na intenção de acalmá-la. A criança então lhe conta que seus pais são separados e que ela mora com a mãe, mas como sua mãe precisou ir a uma viagem de negócios, ela teve que ficar com o pai. Ele tinha prometido ir buscá-la mas não tinha chegado.
Aos poucos a criança já estava mais calma, mas ela não teve coragem de deixá-la sozinha novamente, tendo então que esperar até que o pai ou alguém fosse buscá-la. A garota era linda, tinha os cabelos loirinhos, os olhos azuis e a pele rosada.
Como já anoitecia e ninguém havia aparecido para pegar a garota ela resolveu levá-la para sua casa e deixar o seu telefone e um recado na secretária da escola. Assim, quando alguém aparecesse para buscá-la saberia onde encontrá-la.
A menina estava se dando muito bem com o seu filho, os dois jantaram, brincaram, assistiram filmes e por fim adormeceram, os dois na cama dela.
Já era muito tarde da noite e ela estava estudando um caso em sua mesa, quando a campainha de sua casa toca. Ao abrir a porta, ela se depara com um homem, alto, forte, de cabelos loiros e olhos azuis, assim que o viu ela soube logo de quem se tratava, pois ali estava a versão adulta e masculina da garotinha que dormia no seu quarto.
Ela o convida a entrar. Ele entra e explica que houve um enorme imprevisto: havia dado ordens a um dos seus empregados para ir buscar a filha, mas que ele havia tido um contratempo com sua mulher e que por isso a menina tinha ficado sozinha na escola. Agradeceu a ela várias vezes, pela gentileza de não ter deixado que a sua filha tivesse ficado só na escola e pediu muitas desculpas pelo transtorno.
Ela estava admirada pela beleza dele, e o magnetismo que emanava, que nem ouviu uma palavra sequer de tudo que ele havia dito. Ela pergunta se ele quer um café e ele aceita, sentando-se assim no sofá, para esperar, só estando sentado ele se acalma e pode admirar a bela mulher que lhe atendera.
Ele passa a observá-la e nota o quanto ela é linda, tem o corpo perfeito, os cabelos sedosos e uma ar de intelectual. Ele caminha em sua direção para ajudá-la a preparar o café e, ao passar pela mesa, nota os documentos que ela estava estudando, dá uma olhada e fica curioso por conhecer aquela causa, mas nada fala.
Eles ainda conversam um pouco enquanto tomam o café, ele fala um pouco da sua vida pessoal, e conta como está sendo difícil conciliar o trabalho com a rotina da filha enquanto a mãe dela está fora. Depois de algum tempo, ele pega a menina nos braços, agradece mais uma vez a ela e se despede com um beijo no rosto.
Aquele simples contato de pele, provocou nela um turbilhão de emoções, a tempos não era tocada por um homem e só naquele momento se dera conta que sentia falta daquele contato.
Ela vai dormir pensando naquilo. Era ainda uma mulher bonita, de 32 anos que tinha toda a sensualidade de uma mulher nessa idade. Por mais que ela não quisesse, ela tinha que admitir: tinha a necessidade do contato intimo com um homem. Seu corpo sentia falta das caricias, dos beijos e muito mais ainda do ato sexual em si, e aquele inocente beijo no rosto vindo de um homem, lindo e másculo como aquele, veio a aflorar todos esses sentimentos.
Na manhã seguinte ela acorda logo, leva o filho na escola e presta atenção em todos ao seu redor para, quem sabe, poder ver mais uma vez aquele homem que, sem querer, mexera com os sentimentos dela e além do mais não era nenhum sacrifício vê-lo mais uma vez, muito pelo contrário, era mais um prazer.
Mas infelizmente isso não aconteceu, quando ela chegou à escola a filha dele já estava lá e ele já havia ido embora.
Ela vai para o seu escritório com a certeza de que terá um dia corrido, pois tentaria um acordo com o advogado da esposa de um de seus clientes e, pelo que ela tinha ouvido falar, ele não era muito amigável em relação a acordos. Ela tinha falado com ele por telefone e acertaram que ele passaria no escritório dela logo pela manhã.
Ela chegou ao escritório, organizou todos os papéis do caso para que fossem analisados pelo outro advogado e, concentrada, leu mas uma vez esses documentos, quando sua secretaria lhe avisa que havia um homem querendo falar com ela. Solicitou sua entrada e, quando levantou a cabeça para ver de quem se tratava, se deparou com o pai da garotinha que ela levara para casa na noite anterior. Pensando que ele tinha esquecido algo, ela pergunta o que ele desejava e como a encontrou, ele então apresenta-se e, para a surpresa dela, como o advogado com quem ela falou por telefone e com quem ela quer fazer um acordo em nome de seu cliente.
Eles passam então a conversar sobre todos os pontos do caso, as possibilidades de acordo e os direitos e deveres das partes envolvidas, mas sem deixar de se observarem e de prestarem atenção nos movimentos do outro. Algo muito forte os impelia para que eles de alguma forma se encontrassem, a tensão na sala aos poucos foi aumentando, pois era visível nos olhos deles que não era bem sobre o caso de seus clientes que eles queriam conversar.
Ele sem querer, ou até mesmo inconscientemente, pegou em sua mão e um misto de tensão e prazer fez com que eles se levantassem no mesmo instante. Ela pediu que eles continuassem aquela conversa depois, pois no momento ela não estava em condições de terminar o assunto. Ele concordou.
Mas ao se despedirem, ao invés de um aperto de mão ou um inocente beijo no rosto ele a puxa para si, e cola o seu corpo no dela. Ela abre a boca para um protesto, mas ele aproveita a oportunidade e beija-a de forma selvagem e avassaladora. De início ela tenta protestar mas, ao sentir a língua morna penetrar a sua boca, ela se entrega àquele beijo como se estivesse sucumbida por uma força maior que ela.
Ela agarra-se a ele e pede em pensamento que aquele momento dure para sempre, era maravilhoso mais uma vez poder sentir a boca de um homem pressionar a sua e a língua descobrir os cantos mais secretos de sua boca, enquanto as mãos fortes dele passeia por todo o corpo dela.
Como que saída de um transe, ela desperta e afasta-se dele, que pede desculpas e sai rapidamente, sem dar a ela o tempo de dizer alguma coisa.
O restante do dia ela não conseguiu fazer mais nada, pois o gosto do beijo dele e a sensação maravilhosa de estar nos seus braços não saiu um só minuto da mente dela.
Algo lhe dizia que aquilo não iria parar por ali, e nem ela queria que parasse; agora que renasceu mais uma vez dentro dela a chama do desejo, ela queria se deixar queimar por ela sem pensar nas consequências e sem lembrar-se um só instante da promessa que fizera de não mais deixar que um homem entrasse em sua vida.
O final de semana chegou e ela não teve mais noticias dele, mas sempre que estava só, seja em casa ou no escritório, vinha a mente a lembrança daquele beijo.
No Sábado a tarde ela estava só em casa, sem ter o que fazer, pois esse era o final de semana em que o seu filho passava com o pai. De repente toca a campainha, ela vai atender, pensando ser a vizinha mas. ao abrir a porta. maravilhosa é a surpresa. É ele, ali parado na sua frente, mais lindo do que nunca.
Ela o convida a entrar e sem dizer uma palavra, ele entra. Logo que ela fecha a porta ele a abraça e a beija, despertando mais uma vez a chama da paixão.
Eles se separam e sem saber o que fazer ou dizer, ela pergunta se ele quer beber alguma coisa. Ele aceita e ela então se encaminha até a cozinha seguida por ele. Um tanto desconcertada, ela serve um copo de suco e afasta-se um pouco. Percebendo sua tensão, ele volta para sala e senta-se no sofá, ela pede licença e vai para o quarto, não acreditando em tudo o que estava acontecendo, mas consciente de que era tarde demais para voltar atrás e de que também não queria voltar atrás, queria sim ir muito mais adiante com ele.
Ao voltar do quarto, ela lhe sorri. Ele retribui o sorriso. Fisicamente separados pela amplitude da sala, mas unidos pelo desejo que os envolve, ele levantou-se deixou o copo sobre o centro e moveu-se em direção a ela. Ele tinha os olhos em fogo, parou tão perto dela que ela pôde sentir o calor do seu corpo, embora não se tocassem. A tensão entre ambos crescia a cada instante, ele passou a fita-la de modo hipnótico e de súbito puxou-a para perto de si e abraçou-a.
Ele tomou-a nos braços e beijou-a de modo ardente, apertando-a junto a si como se quisesse fundir-se com ela num só ser, numa só pulsação.
Excitados e envolvidos pelo momento de paixão, ele encaminhou sua mão até o ziper do vestido. Como ela não expressou nenhuma recusa, ele o abriu e fez com que o vestido escorregasse pelos ombros e depois, com um simples toque, fez com que ele fosse ao chão. Ela soltou um gemido ao ver-se diante dele só em trajes íntimos.
O calor do desejo que ardia nos olhos dele encontrava eco no brilho que iluminava o semblante dela, ela abraçou-o pelo pescoço e colou o seu corpo ao dele, pressionando a sua boca contra a dele.
Os lábios dele forçaram os dela a se abrir. A boca morna, insistente e exigente... suas línguas uniram-se numa dança selvagem, um prelúdio delicioso do que estava por vir.
Impaciente, livrou-a do restante das roupas. Ela permaneceu em pé, imóvel, nua diante dele, enquanto ele admirava a beleza do corpo feminino. Ele olhava fixamente os seus seios fartos rijos, estômago firme e o excitante triângulo de pelos escuros.
Excitado além da imaginação, ele deslizou os dedos pelo pescoço dela em direção aos seios e esperou apenas um segundo antes de fechar a mão ao redor do seio firme e pressionar o mamilo lentamente até faze-la gemer de prazer.
Ela o beijou com avidez, agarrando-se ao peito másculo, depois ele desabotoou e tirou a própria camisa na ânsia de sentir os seios dela roçando contra os pelos do seu corpo. E com dedos trémulos ela o ajudou a livrar-se do restante das roupas.
Beijando-se e acariciando-se, eles seguiram para o quarto dela e deitados sobre a cama macia esqueceram do mundo lá fora.
Ela estremeceu de prazer quando ele trilhou com as mãos um caminho em seu corpo e fazendo esse mesmo percurso com a língua. O contato da língua experiente em sua pele fez com que ela experimentasse sensações há tempos esquecidas.
E quando com os dedos e depois com a boca ele tocou-lhe o sexo úmido ela estremecera e quanto mais ele lhe tocava mais ela se excitava.
Deixando escapar um gemido rouco ele cobriu o corpo dela com o seu. E não houve hesitação, a fome voraz que os consumia, uniu-os num gesto rápido e desesperado.
Ela gemeu de prazer ao ser penetrada, o corpo todo invadido por uma calor alucinante. Com a cabeça jogada para trás, o tronco curvado, abandonou as inibições, reagindo selvagemente à intensidade do ritmo dele. Ela o envolveu com braços e pernas fazendo com que ele a penetrasse mais profundamente.
O ritmo dele aumentou enquanto avançava, implacável para fundi-los num só ser, uniram-se como nunca imaginaram ser possível.
Ela enterrou as unhas na carne dele quando sentiu que o clímax se aproximava. Então soltou um grito de liberdade ao ser invadida por ondas de intenso prazer. Ele continuou a movimentar-se dentro dela, até que a violência do êxtase o arrebatou arrancando-lhe loucos gemidos de prazer.
Agora que ela se encontrava nos braços dele e havia resdescoberto as maravilhas do prazer, não deixaria que ele escapasse mais uma vez.
Tempos depois ainda continuaram abraçados, quietos, imersos numa inexpressiva sensação de satisfação e paz.

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