domingo, 5 de julho de 2009

O Real Prazer...




Todas as noites naquela casa a mistura de cheiros era comum, bebidas, suor, perfumes, cigarros...
Homens e mulheres, se encontravam, pelo puro prazer do sexo, libertino, sem compromisso, muitos se tinham e se sentiam, mas poucos se amavam.
Vários homens frequentavam diariamente aquela casa, na busca única do prazer carnal e muitas mulheres estavam ali para isso, eram pagas para satisfazer as vontades daqueles homens, ganhavam o sustento daquela forma, onde a principal mercadoria eram os seus corpos, deitavam-se com homens, que na maioria das vezes, não procuravam saber nem os seus nomes, o prazer delas era o que menos importava e muitas vezes as agrediam e as humilhavam sem que elas pudessem se defender de forma alguma.
Muitas delas gostavam da vida que levavam e gostavam mais ainda do que aquela vida podia lhe proporcionar, pois em noites de grande movimento, chegavam a faturar quantias exorbitantes, coisa que em meses de trabalho comum não ganhariam nem um terço do que conseguiam faturar naquela casa.
Mas no meio dessas mulheres, tinha uma, que não ligava para luxo ou mordomia, o seu intuito em trabalhar naquela casa era descobrir todos os prazeres que o corpo poderia lhe proporcionar, ela queria descobrir o real prazer nos braços de um homem seja ele quem fosse, por isso estava ali frequentemente.
Na busca do verdadeiro prazer carnal, ela vivia ali a dormir com todo tipo de homem, de todas as raças, cores, religiões, com ou sem posição social, o que interessava para ela, era que eles pudessem levá-la a descoberta do prazer sem limites.
Todas as noites não tinha número limites de homens, para quem ela se entregava, mas nenhum deles estavam interessados em proporcionar-lhe qualquer prazer que fosse, o que eles queriam era usufruir do que tinham pago.
Sempre que entrava no quarto com um homem diferente, ela tinha a esperança de que com aquele seria diferente, que ele seria carinhosos e atencioso, mas era frequente as vezes que ela se decepcionava.
As vezes aparecia um ou outro que era gentil, mas nem esses se preocupavam se no final tinha sido prazeroso para, quando não se levantavam e iam embora viravam para o outro lado e dormiam.
Naquela casa beijo na boca era proibido, pois era visto como um gesto mais intimo até mesmo que a penetração e as mulheres daquele lugar acreditavam que sem beijo, elas não corriam o risco de se apaixonar pelos clientes, que eram na grande maioria homens casados, que só estavam ali pelo ato sexual e não pelo que representava esse ato.
Certa noite, em que a casa não estava com muito movimento, entra um homem aparentando ter 35 anos, moreno, olhos esverdeados, com um corpo de chamar atenção onde quer que passe, bem vestido, e com uma boca que toda mulher deseja beijar.
Como o movimento estava fraco, eram poucas as mulheres que estavam acompanhadas, e ela que era uma das mais bonitas da casa por coincidência ou ironia do destino também estava só.
Mas ele parecia não estar interessado nesse tipo de diversão, pois sem prestar atenção em nenhuma das garotas que dele se aproximava e se oferecia, dirige-se ao bar onde fica por horas apenas a admirá-la.
Já amanhecia e mais uma noite de prazer, libertino, carnal, e sem compromisso chega ao fim, ela sai daquela casa e volta para o seu mundo de garota de família, vai para casa onde mora só com a mãe, chegando em casa toma um banho para de certa forma livrar-se de toda a sujeira que trazia daquela casa, come e dorme um pouco para começar mais um dia de trabalho limpo e honesto.
Durante o expediente da tarde ela trabalha em uma empresa de venda de apólices, e é vista por seus colegas de trabalho como boa moça que trabalha para ajudar nas despesas de casa, e que a noite trabalha como babysiter para conseguir um pouco mais de dinheiro, ninguém conhecia a sua verdadeira vida de mulher noturna.
Só que aquele dia em especial, quando chegou para trabalhar, seus colegas de trabalho lhe avisam, que o novo supervisor espera por ela em sua sala.
Ansiosa para apresentar-se ao novo chefe, vai direto, a sala que ele a espera e para sua surpresa, quem a espera não é um homem estranho e sim o enigmático homem que passou horas no bar da casa noturna em que ela trabalha secretamente.
Ela tenta sair da sala sem ser notada, uma vez que ele estava de costas para a porta, mas ele sente a sua presença e vira-se antes que ela possa sair sem ser vista, ele lhe dirige um sorriso irônico que lhe dizia claramente que já a conhecia e sabia de onde.
A tensão toma de conta daquela sala e dos dois, ela por saber que ele a havia reconhecido e que revelaria a todos o seu segredo podendo assim até despedi-la, depois de expor a sua história, e ele por estar hipnotizado pela beleza daquela mulher que havia tirado o seu sono na noite anterior desde o momento que a vira naquela casa e que por mais que tentasse não iria resistir aos encantos dela. Mas o que estaria ela fazendo ali?
Tentam disfarçar o desconforto daquela situação, se cumprimentam como dois estranhos que se vêem pela primeira vez.
Ela si apressada daquela sala, sentindo lágrimas nos olhos e desesperada com a sensação de que o mundo acabara de cair sobre sua cabeça.
Sai da empresa como se estivesse cega, sem ver nada ou ninguém a sua frente, e sai pela rua sem saber que direção tomar ou para onde queria ir, com um turbilhão de pensamentos a povoar sua mente, depois de muitos minutos caminhando sem destino ela sente que está sendo seguida. Pensando ser um assaltante ela apressa o passo e chega até a correr, mais não vai muito longe, sente quando um braço forte lhe puxa e a coloca em um carro, quando vira-se para identificar o agressor, ela depara-se novamente com o mesmo sorriso irônico daquele homem misterioso da casa noturna que a parti daquele dia se tornara o seu superior na empresa de apólices.
Durante todo o percurso ele não trocam uma palavra, e ela nem se que imagina para onde ele esta a levando.
De repente ele para em frente a uma casa, para ela estranha mas para ele é uma casa bastante familiar pois ele a faz descer do carro e com a mão em seu braço a leva para o interior da casa isso tudo com o mesmo silêncio mórbido da viagem.
Ela logo nota que na casa não se encontra ninguém além dos dois, ela não consegue pensar direito no que esta acontecendo, milhares de pensamentos vão e voltam e além do mais a atração que ela sente por aquele homem é tão forte quanto o medo que está sentindo.
Sem que ela note ele fecha a porta da casa e guarda a chave no bolso da calça e aproxima-se dela lentamente sem que ela note a sua aproximação, ele se põe atrás dela e quando ela se vira dá de encontro com ele, que instintivamente a abraça forte impedindo que ela fuja do contato entre os corpos.
Tremula ela limita-se a fitá-lo, estava com medo mas o contato daquele corpo contra o seu a excitava.
Ele inclinou-se devagar, e seus lábios tocaram os dela num beijo suave, enquanto suas mãos desciam lentamente até o seio macio por sob a blusa.
Num lampejo de lucidez, ela toma consciência do que se passa e começa a se debater tentando livrar-se daqueles braços.
No entanto, o corpo forte comprimiu-se ainda mais contra o dela apertando-a de encontro a parede. Incapaz de se mover, ela percebe que seu corpo já não queria mais resistir e sim entregar-se ao desejo tão evidente entre eles.
Quando seus lábios se encontram novamente e a língua dele penetra-lhe a boca ela ergue os braços enlaçando-o pelo pescoço.
Agora algo incontrolável a impelia para ele, fazendo com que todo o seu ser sentisse, não só desejo, mas a necessidade do contato daquele corpo musculoso e viril que a apertava com seu peso contra a parede e a embriagava com seu cheiro másculo.
Percorrendo-lhe o corpo com as mãos ele fez com que o coração dela batesse cada vez mais forte. Ele apertou ainda mas o corpo contra o dela e tornou a inclinar a cabeça, no instante seguinte, sua boca ardente descia sobra a dela, num beijo firme e devastador.
O corpo delicado dela estremeceu dos pés a cabeça, num impulso irresistível de corresponder aquele beijo.
A excitação dele era visível por sob a calça, ele desliza as mãos fortes pelo seu corpo, ora detendo-se em seus mamilos enrijecidos de prazer, ora insinuando-se por debaixo da saia e tocando-lhe as coxas macias e o púbis coberto de pelos negros.
Alucinada de desejo ela não consegue mais resistir e abraça-se ao corpo musculoso dele, experimentando uma vontade louca de sentir o contato daquela pele contra a sua e o calor daquele corpo colado a seu.
Erguendo-a nos braços ele a leva ao quarto e a deposita com cuidado sobre a cama.
Entre beijos e caricias ele tira-lhe a roupa e passa a admirá-la beijando-a por todo o corpo e depois de se despir com rapidez, deita-se sobre ela abraçando-a com força.
Nada mais importava agora, tudo o que ela sabia era que precisava daquele homem que estava ao seu lado. Ela pressiona o seu corpo contra o dele numa posição insinuante, ela sabia que aquilo era uma loucura, mais parecia que aquele homem havia lido os seus pensamentos e estava lhe dando todo o prazer que ela tanto procurava.
Beijando-o com paixão a língua miúda deslizando pelos lábios carnudos dele, penetrando-lhe a boca ávida de desejo.
Ele reage de imediato, correspondendo com a mesma intensidade, a acaricia em cada parte sensível do corpo dela, com erotismo, excitando-a até que ela gemesse de prazer.
Libertando-se completamente das inibições ela passa a explorá-lo também, correndo os dedos e os lábios pelo corpo másculo, fazendo-o suspirar.
Sem ela esperar ele rola o corpo e se põe sobre ela e começa a acaricia-lhe a curva dos seios, dos quadris, das pernas...
Ele beija-lhe a pele sensível das coxas e com as pontas dos dedos, começou a traçar largos círculos sobre o ventre macio, parando para brincar com os pelos negros logo abaixo do ventre.
Ela quase perde a respiração quando ele espalma a mão sobre o seu púbis, antes de alcançar-lhe o centro da feminilidade com caricias intimas alucinantes.
O toque intimo, desperta-lhe sensações inebriantes, era como se todos os terminais nervosos do seu corpo estivesse em brasa.
Antes de se recuperar daquelas sensações maravilhosas ele volta a beijar-lhe os seios e depois passa a acaricia-la com a língua entre as coxas. O prazer explodiu intenso como uma chuva de estrelas.
Voltando ao mundo real, ela sente a necessidade de proporcionar a ele um prazer tão intenso quanto o que ela sentiu, e passa a beijar-lhe o peito, nos quadris, nas coxas e quando finalmente apossou-se do membro rijo com a boca, na caricia mais intima de todas, ele experimentou uma sensação que era muito mais forte que a paixão e muito mais duradoura que o desejo.
Incapaz de controlar-se por mais um segundo, a puxou e a fez sentar-se em seu sexo intumescido, ela ficou imóvel por um instante sentindo a penetração e logo após começou a mover-se devagar e ritmicamente e depois cada vez mais rápido.
Os movimentos daquele corpo musculoso, quente e vivo, explodindo de desejo, era mais excitante do que qualquer outra coisa que ela pudesse ter sonhado.
Seus corpos fundiram-se num só, e a paixão fluiu solta, devastadora. Atingiram o orgasmo envoltos por uma nuvem de encantamento que os transportou ao paraíso.
Pouco a pouco retornaram a realidade, ela estava deitada ao lado dele, seus cabelos espalhados pelo travesseiro, acariciando o peito másculo coberto de pelos sedosos, sentia-se maravilhosamente bem, e finalmente poderia gritar ao mundo que depois de muito procurar, tinha descoberto o real prazer, nos braços daquele homem que a partir daquele momento era seu.

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