sábado, 12 de setembro de 2009

O beco


Samara sonhava em encontrar alguém que conseguisse fazê-la chegar ao orgasmo. Sempre teve vontade de sentir o que as amigas diziam, mas suas tentativas sempre eram frustadas. Já havia perdido as contas de quantos homens já levara para a cama. Porém, não perdia as esperanças.
Numa certa noite de julho, resolveu dar uma volta por perto de casa. Caminhava tranquila pelas redondezas, sem muita preocupação. Passou ao lado de um beco, escuro, meio sombrio e ouviu uns gemidos. Sentiu medo, mas ao mesmo tempo aquilo era excitante e pertubador. Escondeu-se atrás de um poste e ficou escutando os murmúrios e delírios. Não se continha, ela precisa ver o que acontecia. E aproximou-se do foco dos barulhos. Era tudo muito escuro e estreito, mas mesmo assim ela foi insistente. Encostou-se silenciosamente na parede e seus olhos conseguiram alcançar a cena. Um homem alto, moreno, de cabelos no ombro e uma mulher loira, de corpo bem desenhado, totalmente entregues ao prazer. Samara olhando aquela cena não se conteve, levantou um pouco um pouco o seu vestido e começou a se tocar. Ouvia a intensidade dos gemidos do casal e intensificava seus movimentos... sentiu os joelhos tremer, a perna bambear e cabeça tonta. Segurava sua vontade de emitir algum som, pois não podia atrapalhar o casal que a inspirava em sua masturbação. De repente o casal encerra sua “aventura” e Samara corre para não ser descoberta.
Alguns dias se passaram e aquela idéia fixa por aquele lugar, o beco, não saia de sua mente. Precisa repetir a cena, quase chegara ao orgasmo se masturbando diante do fato. Precisava experimentar aquelas sensações novamente e chegar ao tão almejado gozo. Pensou em como realizar a sua fantasia...
Alberto passava pela rua apressado, estava atrasado e sabia que sua mãe o esperava para o jantar. Foi quando seus olhos não acreditaram no que viram saindo do beco à sua frente: uma mulher linda, vestida com uma saia de vinil justa e curta que deixava sua intimidade sutilmente à mostra. As pernas da mulher lhe chamaram a atenção, mas o medo o invadiu e teve o impulso de correr, fugir, e quando se preparava para tal, Samara, que era a tal mulher misteriosa colocando seu plano em prática, se colocou na frente de Alberto, segurou forte a mão do rapaz e levou-a para debaixo de sua saia. Alberto sentiu toda a umidade da garota e não pode resistir. O tesão que sentia era mais forte que o medo. Alberto quis dizer algo, mas Samara, com a outra mão, tapou seus lábios e depois lhe ofereceu um beijo enlouquecedor. Samara o arrastou para o beco. Alberto totalmente perturbado não sabia como agir, estava maluco, com o membro endurecido, latejando, as mãos trêmulas e olhos fixos nas curvas de Samara. E o desejo de ambos falou mais alto... seus corpos se encontraram num impulso felino e voraz. Samara o sugava enquanto se masturbava com a outra mão. Alberto, vertiginoso diante de evento tão surpreendente, urra de prazer e a puxa pelos cabelos, a vira e penetra seu corpo com força. Samara grita enquanto ele a suspende contra a parede do beco, os movimentos são longos, mas ferozes. Samara sente que logo chegará ao êxtase, Alberto não consegue mais se segurar e pede que ela goze... Samara se concentra, fica tensa, ansiosa... e finalmente chega ao tão desejado orgasmo, delicioso. Sua boca treme, seus pés parecem flutuar. Então, ela abre os olhos, olha fixamente para Alberto, solta um sorriso sedutor, se veste e sai do beco sem nenhuma palavra. Alberto não entende, mas segue para casa satisfeito e atordoado.
Samara se espalha em sua cama e começa a planejar a roupa para o dia seguinte.

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©2008 Danny Montenegro Por Desejo à Flor da Pele