Fetiche

Sua maior distração era passar as noites na frente do computador, adorava ver vídeos, ler sobre assuntos diversos e passear por sites de relacionamentos. Numa dessas noites, Eva viu uma foto que chamou sua atenão imediatamente, um homem moreno, de olhar marcante e sorriso encantador. Ele não era extremamente bonito, mas possuía uma figura que despertava algo nela. Resolveu mandar-lhe uma mensagem: “Gostei de você. Podemos conversar?” E esperou Eva morava com sua irmã, não tinha muitos amigos, e os que tinha eram virtuais, era uma mulher de 32 anos, solitária e um pouco “repreendida” pela educação conservadora que tivera. Assim, naquela noite, como sempre, depois de um dia exaustivo no escritório, ela chega em casa e se tranca no quarto. Ansiosa por receber a resposta do homem de sorriso chamativo que se chamava André. Nem a roupa de secretária tirara e abriu sua página para achar uma resposta e lá estava: “Sim, podemos conversar...” A alegria era tanta que Eva se sente tomada por um súbito calor por todo seu corpo. Então, entra no chat e o chama.
Eva: Boa noite.
André: Boa noite moça. Tudo bem com você?
Eva: Sim, e você?
André: Tudo certo. Me espantei de uma moça tão bonita querer conversar comigo...
Eva: Não tem que se espantar, você me chamou a atenção. E obrigada pelo bonita.
André: Não precisa agradecer. E, nossa, se chamei sua atenção mereço conhecê-la e você a mim, não acha? Pois, você também me chamou muito a atenção.
Eva: Sim.
André: Ligarei minha web cam pra que me veja, tudo bem?
Eva: Tudo bem.
Eva não costumava ligar sua web cam para ninguém, a usava para conversar com a mãe que morava no exterior, constantemente era alertada pelos familiares de que isso era muito perigoso e pecaminoso. Mas, com aquele homem queria arriscar, sentia uma intensidade que percorria todo o seu corpo num súbito de medo e excitação.
Ao ver André, ela não resistiu e ligou sua web cam no memso instante. Sabia que era uma mulher bonita, de corpo bem feito, mas não usava seus atributos para atrair, era muito puritana para tanto. E a conversa continuou, falaram sobre as profissões, a família, os amigos. Eva sentiu vergonha de dizer algumas coisas, que era um pouco inexperiente com relação ao sexo e à assuntos relacionados, sua religião não permitia que tal aspecto fizesse parte de sua vida intensamente. Então, mentiu um pouco e queria muito seduzir André. Se despiu de todas as suas amarras e perguntou de ele gostaria de vê-la de pé. Ele apressadamente ele disse que sim. Eva levanta-se e sente uma satisfação enorme ao ver a expressão extasiada de André ao vê-la. E desce o ombro deixando cair uma parte da blusa, um de seus seios ficam quase à mostra. André delira ao vê-la tão sensual e pede que ela mostre um pouco mais. Ela nem se lembra das palavras repressoras da mãe e tira a saia, ficando só de calcinha. A blusa deixava transparecer seus seios rígidos e excitados. Eva não se continha, precisava se tocar. O corpo todo em chamas e André delirando de desejo na tela, isso a deixava maluca, queria muito ser aquele objeto cobiçado, mas inalcançável. Eva tira toda a sua roupa, dança sensualmente para André, se toca, suas mãos passeiam por toda a extensão de seu corpo. Ela delira de tesão e André se masturba enquanto Eva se toca e geme tortuosamente... até que os dois chegam ao ápice do prazer quando gozam deliciosamente separados pela distância, mas unidos pela sedução do virtual. André pede que se encontrem para “efetivar” aquele momento. Eva nem pensa nas consequências e aceita.
Dois dias depois, num sábado pela tarde, Eva vai ao encontro de André num shopping da cidade. Ao vê-lo Eva admira sua beleza, mas não sente a mesma volúpia de quando pelo computador. André está excitadíssimo e ansioso pela transa. Partem para o motel mais próximo. Eva não consegue olhá-lo com desejo, nem sente a vontade incontrolável de se despir como no encontro virtual. André tira a roupa e dá sinais nítidos de seu entusiasmo, o membro ereto, brilhante, rígido. Porém Eva não modifica sua expressão ao vê-lo dessa forma, pelo contrário, se sente enojada, seus pensamentos se voltam para a família e a religião, não consegue relaxar. Se deita na cama, nua, para espanto de André, pois ela não agiu como na web cam, não o seduziu, apenas deitou-se, abriu as pernas e esperou. André, como qualquer homem, queria satisfazer seu desejo contido, mas não imaginou que seria daquela maneira, queria aquela mulher fogosa e desenvolta, que tinha fome de prazer, porém não se sentiu à vontade para falar nada, Eva estava completamente calada e estática. André a penetrou entre carinhos e tesão contido, com força, devagar, enquanto Eva olhava para o teto, sem movimento. André goza, pois ela era uma mulher muito bonita, de corpo esguio e desejável, mas goza simplesmente porque seus pensamentos o remetiam ao que viu pela câmera do computador. Ela se levanta, toma um banho e se despede de André, secamente. Ele, sem entender muito, também segue para casa.
Eva chega em casa e corre para o mundo virtual que tanto gostava. Liga no chat e mais que depressa chama um amigo com quem não falava há tempos. Jonas, que a conhecia de um site sobre golfe, esporte favorito de Eva. Começam a conversar e logo Eva pergunta: “gostaria de me ver pela web cam?”